Heroes (4.01/02) – Orientation / Jump, Push, Fall

Setembro 22, 2009

Heroes principal47 minutos e 32 segundos. Foi o tempo que a alma de Heroes demorou a voltar. Foi o tempo que vivemos sem o Sylar. Foi o tempo que Heroes sobreviveu sem o seu vilão. Sendo assim, irei dividir o review em duas partes: antes dos 47 minutos e 32 segundos e depois dos 47 minutos e 32 segundos.

Antes dos 47 minutos e 32 segundos

Primeiro é de louvar não ouvir a voz de Sendhil Ramamurthy. Desta vez foi Robert Knepper a abrir o episódio, com uma narrativa sobre redenção. E pouco mais o resto do episódio (ou seja, Orientation) trouxe. Redenção para cá, redenção para lá, redenção para o Mark Parkman, para o Peter Petrelli, para a Claire Bennet e para o Hiro Nakamura (pouco, mas esta também está lá). Ambos tentaram tornar-se útil a sociedade. Mas antes um pormenor. Acho que um dos problemas de Heroes é o excesso de personagens espalhadas por espaço, e por vezes tempo, diferentes. Apesar de ainda termos bastantes personagens, já se viu que houve uma tentativa de encurtar o elenco (nem que seja por níveis financeiros). A narrativa ganha outro ritmo, ganha outro interesse. Esperemos que continuem com esta escolha, e ainda consigam reduzir mais os espaços por onde as personagens estão espalhadas.

Continuando com a redenção. Cada personagem regressa ao seu “destino” humano, os seus objectivos. Parkman regressa a detective, Peter a paramédico, Claire a universidade e Hiro, sem nenhum destino (já não me lembro se fazia alguma coisa quando lhe deu na cabeça fechar os olhos com muita força) em especial, decide entregar o seu poder ao povo japonês. Vendo os caminhos, é interessante ver que tanto Hiro como Peter não conseguiram deitar fora os seus poderes, e que Parkman e Claire tentam mantê-los longe da sua vida.

Heroes1A primeira parte do episódio teve pouco ritmo (foi escrita Tim Kring, ou seja, pedia-se mais) e serviu principalmente para introduzir o novo volume. A família de Samuel Sullivan parece que será o principal tema do próximo volume. A apresentação da família deu para perceber pouco do que será este novo problema, mas deu para perceber que tem um “viajante do tempo” na equipa, mas já muito usado. De resto, parece que a família é um conjunto de heróis nómadas, no qual conta um velocista, tal como a Elle, com o nome de Edgar. De resto, não consegui disfarçar os poderes de Robert Knepper e a sua companheira, Lydia, na descoberta de novos membros para a família. Talvez num futuro próximo.

Para acabar a caracterização da primeira parte mais parada, falta falar ainda dos novos poderes do Nathan. O Sylar está a vir ao cima, pois, tal como disse no começo do review, a série não aguenta sem o seu vilão imortal. Angela já adivinha o futuro, e vê que o perigo regressará (I’m back…lembram-se do último episódio da segunda temporada, principio do terceiro volume??).

Agora vamos a primeira parte mais mexida. Ou seja, últimos minutos. Claire encontra a sua colega morta. Eu pensei que sairia daqui mais uma daquelas histórias intermináveis de Heroes, que ira ser paralela a narrativa principal. Parece que não, mas isso só foi na segunda parte, por isso continuemos a falar da primeira. Continuando: Morte do Danko. Tracy Strauss volta a carga, agora imortal, ou assim parece. Após a quase morte de HRG, decide atacar Danko. Mas, quando tudo parecia resolvido, o velocista ataca. E perde-se um grande actor. Heroes em vez de riscar pequenos actores, ataca grandes. Claro que Danko já não tinha utilidade, e assim ganhou alguma, mas para cada um destes actores que deitam fora, deitavam fora 2/3 dos outros. Alguns já foram, outros parecem que estão no caminho. Sim. Hiro Nakamura parece que está a morrer, ou seja, Heroes torna-se uma série melhor. O pior é que não sabemos quando morrerá, se é antes do final da série (com as audiências que teve, Heroes pode começar a pensar no final…).

Após os 47 minutos e 32 segundos

A audiência caiu. Porque? Só por uma razão. O lead-in da segunda parte foi a primeira. Agora já não escrita por Tim Kring, a série teve um ritmo superior, consegui interessar mais, em parte porque Sylar voltou.

Começamos com o regresso de Hiro ao passado, não sei por alma de quem. Vamos ter outra vez um Hiro que salta de tempo em tempo? Mas prontos, vamos continuar. E vamos entrar num paradigma. O regresso de Hiro ao passado para o corrigir significou que a sua redenção não foi cumprida. Utilizou os poderes para fazer aquilo que jurou não fazer. Mas o paradigma não é esse. É este: se o Hiro alterou o passado, então mudou a sua história de vida, logo não sabe que tinha alterado o passado. E começam aqui os erros de Heroes. Heroes tem-se safado bem de voltar ao passado e muda-lo. A única vez que passou lá algum tempo, Hiro Nakamura ainda não vivia. Logo não tem influencia. Agora, e a par das outras vezes, o Hiro altera o seu passado, e consequentemente o seu futuro. Ou seja, Heroes estava a tentar safar-se deste buraco, mas voltou a cair. Um erro que podia ser corrigido. Mas, passando o erro, este serviu para mostrar que qualquer retorno ao passado não é possível. Todos os heróis não conseguem esquecer o que passaram. E assim começa não a redenção, mas de novo o uso e abuso dos poderes.

Heroes4Foi isso que aconteceu com Claire. Com a morte da sua companheira de quarto, Claire decide investigar com a sua nova companheira a morte. E começaram aqui os erros. Claire não consegue aguentar, e toca a atirar-se da janela a baixo. Foi suicídio, ou seja, parece que história não vai dar a lado nenhum, mas o mistério criado nela foi um bocado exagerado. Mas os propósitos são conseguidos. A nova companhia de Claire, Gretchen, descobre os poderes de Bennet, ou seja, a redenção foi o propósito para dar um título ao volume, nada mais.

Pois também foi isso que aconteceu com Matt Parkman. Mas com Parkman a situação é mais complexa. É que Matt começa a alucinar com Sylar, a pedir o seu corpo de volta. O vilão ficou preso na cabeça do detective, e agora começa a atacar. Aqui se vê que Heroes não consegue viver sem Sylar. Precisaram de o trazer logo na segunda metade, mas como não podiam estragar o corpo de Nathan (pois o Adrian Pasdar deve ter contracto até ao final da temporada, e seria um gasto de dinheiro) arranjam outra maneira de fazer regressar Zachary Quinto. Eu agradeço profundamente, pois ver um actor deste representar é sempre um gosto. Mas o que sairá daqui será a forma de Sylar regressar ao seu corpo. Começa a preparar o caminho para o regresso do vilão.

Mas o que falta saber é se o Sylar regressará mais rapidamente de outra maneira. Nathan começa a experimentar os poderes do seu “companheiro de corpo” e parece que o regresso também poderá ser feito desta maneira. Vamos lá ver o que sai daqui, pois nada de bom para os heróis será e nada de mal para nós sairá.

E agora voltemos a narrativa principal. Primeiro, vemos Samuel a “ajudar” Hiro Nakamura na sua tarefa, que resulta no namoro entre Ando e a irmã de Nakamura. Mas se para Nakamura isto significou “yata”, para Samuel significou muito mais. Significou a reconstrução de um exército, de uma nova companhia, uma nova equipa. Nakamura foi o primeiro de quatro. Claire, Sylar e Peter. Deste todos, só Sylar não está disponível. E é aí que entra Parkman. Vai ser a ligação entre Samuel e Sylar, a dupla S.

O que falta deste episódio é unicamente uma coisa: HRG a aliar-se com Tracy, numa aliança que parece que combaterá o perigo que Samuel é. A bússola foi a primeira missão (excelente luta, por sinal…algo positivo do episódio). Poderão ter a ajuda de Peter, que parece que vai ser a ligação mais permanente entre os dois lados. Agora ficam as questões: que foi aquela bússola, de quem foi aquele funeral, e qual será o plano de Samuel. Algo para ver nos próximos episódios.

Heroes teve um começo algo esperado. A série não cresceu muito, mas este episódio deu para ver que o volume poderá ser bom. Mas este episódio não o foi. Mas também as apresentações não costumam ser famosas, mas sim o continuar da relação.

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Maura Tierney abandona Parenthood

Setembro 10, 2009

97700-tierney_maura_341Segundo o The Hollywood Reporter, Maura Tierney foi retirada do novo drama da NBC – Parenthood – devido a conflitos de agenda entre a produção da série e os tratamentos do seu cancro de mama. A NBC já começou os castings para achar a substituta de Tierney no projecto baseado no filme de 1989, escrito e produzido por Jason Katims (Friday Night Lights).

“Maura Tierney e os seus médicos continuam confiantes que tudo vai correr bem,” disse um porta voz da actriz esta quinta. “Ela está muito desapontada por não conseguir interpretar este papel no meio do tanto respeitado, talentoso e divertido grupo de actores e quer agradecer a paciência e apoio ao Jason Katims e à NBC.”

Parenthood era para ter começado agora no mês de Setembro mas a data de estreia foi alterada para a midseason americana quando em Julho foi descoberto o tumor. Foi então dado até Novembro para Tierney conseguir fazer o tratamento, mas parece que vai demorar mais que o previsto, logo se a NBC quisesse mesmo estrear a série este ano, teria que a substituir.

“Ao mesmo tempo que estamos tristes por Maura Tierney não poder continuar com este papel em Parenthood, a nossa principal preocupação é que ela se recupere completamente e rápido,” disse um dos porta-vozes da NBC, que dizem estar 100% solidários com a actriz veterana de ER.


Lista: Séries a rever quando tiver 40 anos

Setembro 8, 2009

40 Anos. As experiências acabam, a vida está fortalecida. Chega a altura de começar a olhar para trás, para o passado de uma forma mais profunda. O tempo que passamos, os segundos perdidos e ganhos na vida. E é sobre alguns destes segundos que falaremos, sobre os segundos que não foram perdidos a ver série, mas sim ganhos. As séries que transitaram por entre o tempo, que nos fizeram companhia. As séries que mostraremos ao nossos filhos como os ex-líbris do nosso tempo. As séries a rever quando tivermos 40 anos.

BOston-Chuck
Boston Legal

Os advogados são ser carrancudos. Seres que dominam o uso da palavra e da escrita. São seres que a sua existência se resumiria, a nível profissional, em processar. Por causa disso, Boston Legal estava destinado a desgraça. Mas Boston Legal não fala sobre o mundo dos advogados, mas sim sobre o mundo e transforma-o num escritório de advocacia. Inteligentemente escrita, interpretada com mestria e com diálogos absolutamente de outro mundo, a vida de Alan Shore e Danny Crane é uma doçura. É uma vida que qualquer pessoa gostava de ter. Fazer o que mais gosta com o melhor amigo ao lado. É outra série em que a amizade aparece documentada. Mas é outro tipo de amizade. É uma amizade mais profunda que Friends, mas com um nível de humor semelhante. É uma série que delicia os olhos, os ouvidos. As frases de Denny, as insinuações de Alan e o resto do elenco fazem de Boston uma das melhores criações dos últimos anos. É para apreciar e desejar ter uma vida perfeita como aquela.

Chuck

A série mais recente da lista, mas talvez a que tenha o que falta a todas o resto. Chuck é um sonho vivido. É a concretização do mais improvável dos sonhos. A relação entre os mais improváveis seres humanos do universo. Chuck é uma série que consegue conquistar qualquer pessoa, até uma criança. É uma série de tão simples, tão simples, que ao vê-la se vê algo mais confuso. Chuck é sobre a relação entre o que dá o nome a série e Sarah. O resto é conversa. Não é só isto, mas é a maior parte. Qualquer pessoa que veja Chuck vê que a série foi construída com o propósito da paixão entre os dois. O resto é como dar dois doces a uma criança em vez de um. Ou talvez três.

Dexter-Friends

Dexter

Dexter no inicio é um bebé. Não sabe gatinhar, o que aprendeu é o seu manual de sobrevivência. Eu, ao ver Dexter, não vejo unicamente a série de um serial killer. Vejo uma série muito mais complexa que isto. Vejo a aprendizagem do ser humano, o crescimento dele, o seu desenvolvimento, as suas descobertas, as suas fraquezas. A construção de um ser humano. Os casos servem mais para ser o propósito desta construção. É que em Dexter tanto podemos ver um adulto já formado como um bebé sem aprendizagem. Vemos bastantes erros, muitos comuns na adolescência, muita aprendizagem e descoberta, mas também vemos o seu lado mais adulto, na forma como consegue lidar com as pessoas. Dexter é outra série imortal. Pois, se os tempos se vão mudando, a construção do ser humano é sempre igual. Em Dexter dá para vermo-nos a nós próprios, aos nossos pais ou aos nossos futuros filhos. Dexter é das personagens mais completas que existem na TV, a série é sempre uma descoberta autêntica.

Friends

O humor é eterno. Teremos sempre de nos rir, faz bem a alma, e o que faz bem a alma faz bem ao corpo. E, naqueles dias que parece que ninguém nos arrancará um sorriso, nada melhor que a companhia dos 6 amigos de New York. Friends será uma série eterna para aqueles que gostaram e para aqueles que a viram. O humor é tão simples, rudimentar, que se torna inteligente. Para além disso, as qualidades que a série transmite serão sempre necessárias para a sociedade. A amizade é um bem precioso para todo o mundo. Friends é um hino a esta qualidade humana. Brindemos aos seis amigos.

Friday-Sexcópia

Friday Night Lights

Quem pensa que Friday Night Lights trata-se de um drama juvenil banal, está redondamente engano. Com um elenco praticamente desconhecido do grande público, mas que consegue transmitir toda uma emoção patente em FNL. Personagens envolventes, dramas interessantes e mais que reais, passando pelo racismo, bipolaridade, traições, vitoria, derrotas, girando tudo em volta de um amor comum o futebol americano, os Dillion panthers, e de um treinador inspirador. É raro um episódio de FNL que se considere mau, variam entre a perfeição e o muito bom. Série elogiadíssima pela crítica que demora no entanto a conquistar um número de fãs consideráveis, mas os que tem são fiéis e apaixonados por esta magnifica série e não hesitaram em rever a série, mostrando aos descendentes os problemas da nossa sociedade. Clear eyes, full heart, can’t loss.

Sex and the City

Já a caminho do seu segundo filme, sexo e a cidade foi uma série em que o tema sexo não era tabu, as quatro amigas de Nova Iorque, Samantha, a mais velha mas a mais namoradeiro do sítio. Carrie, jornalista e narradora da série, Charlotte, a mais conservadora e tradicional do grupo, e Miranda mais concentrada na sua carreira de advogada. As quatro amigas proporcionam-nos momentos hilariantes, as suas conversas andam sempre à volta de um tema comum, homens, relações, sexo e a tudo o que isso dizia respeito. As quatro amigas souberam fazer da série uma obra de arte digna de ser revista um dia mais tarde.

Greys-Lostcópia

Grey’s anatomy

Drama, paixão, mestria, surpresa, todas estas palavras definem o grande sucesso que é Grey’s Anatomy e as suas 5 temporadas até ao momento. Com personagens interpretadas com mestria e que criam grande empatia no público, Grey’s consegue comover mesmo os corações mais duros com todos os dramas que nos foi habituando ao longo dos tempos. Desde as várias complicações e revés que a vida de Meredith sofreu, ao desfecho da história entre Denny e Izzie, e mais recentemente à doença desta e ao acidente de George, são inúmeros os casos dramáticos de sucesso em Grey’s. E apesar de apresentar alguns episódios mais fracos no episódio seguinte é sempre de esperar o melhor desta série e do seu elenco. Com uma banda sonora digna desse nome e com narrações comoventes, Grey’s estabeleceu-se no panorama internacional como uma McSeríe de elevada qualidade. “The patients we lose, the mistakes we make. That’s how we learn. That’s the only way it’s ever been done.”

Lost

Mistério. Quem não gosta de uma aventura na vida, que envolva tudo que sempre imaginamos. Uma ilha perdida e pedida pelo mundo. Local de maravilhosas criaturas, de maravilhosos mistérios e significados. Lost demonstra, antes de tudo, a sobrevivência do ser humano em ambiente hostil. A aprendizagem primeiro. Mas Lost mostra que, ao contrário de que muitas pessoas defendem, o ser humano é uma essência mutável. Sempre em construção. É isto que Lost significa, para além do mistério e excentricidade que o rodeiam. Um teste a sobrevivência humana. Uma construção de uma nova vida. Paisagens magníficas. Relacionamentos construídos do 0. Amores e desamores. E, depois, o resto vem por acréscimo. E o acréscimo é melhor que os significados básicos da série. Para ver com 40, 50, 60 e 70 anos. E ver que o ser humano é um ser hábil a criar arte.

Supernatural-Prisoncópia

Supernatural

Apesar de explorar um tema por vezes controverso e nem sempre apreciado por todos, rapidamente conseguiu conquistar milhares de fãs pelo mundo fora, sendo responsável por uma excelente audiência para o canal CW. Estrelado por dois actores que para além de interpretarem maravilhosamente as suas personagens, também constituem um regalo aos olhos do povo feminino. Apesar de se estender no tempo indo já para a sua 5 temporada, supernatural tem sabido explorar o tema com muita sabedoria, fazendo os fãs acompanharem a série do princípio ao fim. Os manos Winchester e as suas lutas contra os demónios, sem esquecer os risos proporcionados por Dean, conquistaram fãs mais que fiéis em todo o lado.

Prison Break

Uma série que apresentou uma primeira temporada digna da palavra maravilhosa. Com uma argumento original, onde o suspense e a surpresa faziam parte do casting em cada episódio. Muitos acusam-na de se ter estendido no tempo e de ter tentando fazer valer o seu sucesso por tempo em demasia, talvez concorde em parte com essa opinião, mas não posso deixar de destacar que depois de uma segunda e terceira temporada um pouco mais fracas, Prison Break reergueu-se das cinzas e conseguiu terminar da maneira como começou de forma mais do que digna. Os manos Scofield e companhia vão fazer falta, e nada melhor que rever a série com toda a família reunida.

Lista Realizada por: Filipa Silva e António Guerra


Community (1.01) – Pilot

Setembro 5, 2009

Sem títuloComunidade: é um conjunto de pessoas que se organizam sob o mesmo conjunto de normas, geralmente vivendo no mesmo local.

Proveniente da NBC, Community vem com uma tarefa difícil. Vem para substituir My Name is Earl. Após o cancelamento da série Karma, a NBC teve de arranjar alguém que preenche-se o horário. E a comunidade universitária foi a escolhida. A escolha, para mim, nem foi feliz nem infeliz. A série tem os seus momentos, os locais em que se dá gargalhadas e consegui, neste piloto, mostrar as personagens, algo que tem sido o calcanhar de Aquiles de várias séries. Apesar de ainda não conseguir lembrar dos seus nomes, algumas das suas características já estão imprimidas, o que torna a série mais próxima.

Para além disso, e a favor da série, temos de dizer que não tem o apoio das gargalhadas, que sempre dão uma grande ajuda. Community não vai ter a bengala, algo que a sua antecessora também não tinha. Esperemos que não seja utilizada, pois eu, pessoalmente, gosto de ver uma série de comédia sem o sempre (in) opurtuno som de gargalhadas.

De resto, a série foi saltando entre dois espaços: a biblioteca, que promete ser o local mais usado para os alunos de espanhol, e o exterior. O primeiro significou o humor que a série promete trazer, o segundo significou o desenvolvimento mais sério da série. Mas, algo que estará entranhado nos dois é as artimanhas do protagonista terá e fará para conseguir passar nesta pseudo-universidade. Das personagens, adorei Pierce, o mais rico do grupo, mas também o mais estúpido e, consequentemente, hilariante.

Para acabar, dizer que o elenco comportou-se à altura, o que não é de admirar pois muito deles já são conhecedores do mundo televisivo e cinematográfico. Fica a expectativa de ver como vai ser o piloto da estação, mas não é caso para ficar a pensar no episódio. Deu para dar umas gargalhadas.

O Portal não continuará com os reviews da série, tendo sido este um caso excepcional por ser Series Premiere

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Vídeo promocional e poster de Heroes: Alguém quer?!

Setembro 4, 2009

Existe alguém ainda interessado em ver um vídeo promocional da quarta temporada de Heroes? Se sim, hoje é o vosso dia de sorte, pois senti-me bem disposto e como não tenho publicado nada da série, lá tive coragem de escrever um artigo sobre a série do Tim Kring. Intitulado, propositadamente ou não, ‘Redenção’, o quinto volume tenta que os protagonistas voltem a viver uma vida normal. Com participações especiais que certamente irá compensar o fraco elenco principal da série e uma história que poderá ser até minimamente boa, será que vão conseguiu recuperar a audiência que foi perdida na última temporada. A quarta temporada estreia no dia 21 de Setembro com um episódio de duas horas de duração. A série terá reviews semanais feitos pelo Aguerra. Abaixo, além do vídeo promocional, também podem ver um poster que por sinal ficou excelente! Ao menos nisso é boa…

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Southland: Novo vídeo promocional

Setembro 4, 2009

southland-pilotNão sei se já leram sobre isso mas mesmo assim dou a notícia com um pouco de atraso: a NBC decidiu adiar Southland de finais de Setembro para o dia 23 de Outubro. Segundo os principais sites americanos sobre séries, esta decisão foi tomada para que a série não enfrente a concorrência de estreias, como a de Dollhouse e Ugly Betty.

Apesar do adiamento, a série já ganhou um vídeo promocional, que por sinal está bastante bom. O vídeo está recheado de cenas da primeira temporada e mostra o que podemos esperar na segunda época. Eu confesso que não gostei muito da série, mas também sou suspeito para falar, visto que policiais é dos géneros que menos gosto.


Chuck nas asas do Superman!

Agosto 31, 2009

chuck1Chuck já sabe kung fu, mas ainda não sabe voar. Mas parece que os argumentistas já arranjaram a solução para o problema. O último Superman, Brandon Routh é a última contratação para a terceira temporada do “espião”. E, tal como as antigas participações especiais, vai mexer com a história, sendo mais uma peça importante para o complicado puzzle do trabalhador da Buy More.

É o que nos diz Ausiello, na sua página da EW, que Brandon transformar-se-á em Shaw, um novo espião que será o novo líder da operação Bartwoski, e que promete rivalizar com Chuck no que conta a Sarah. Teremos este novo problema para o Carmichael resolver, vamos lá ver se o kung fu e as surpresas que o novo Intersect traz chegam para vencer o Superman.

Recorde-se que Chuck foi renovada, aparecendo Shaw no quarto episódio, mas só após o primeira que foi colocado só para Março do próximo ano (não podemos pedir ao Hiro que faça alguma coisa de jeito e, das duas uma, avançar o tempo ou se mate, e com ele leve Heroes, para Chuck poder voltar mais cedo?). Até lá bonitos voos.


Friday Night Lights – Terceira Temporada (2008)

Julho 4, 2009

friday-night-lights-season3-promos-4Bom, como muitos por aqui já sabem, Friday Night Lights é minha grande paixão no mundo das séries, não desprezando outras que aprecio muito também, mas FNL é especial. Quando falo na série só me vêm elogios na mente. E sua terceira temporada com apenas13 episódios então, o que falar? Magnífica, os episódios foram de bons a ótimos. Eu até arisco dizer que foi uma temporada sem tropeços, impecável.

Com emocionantes despedidas, grandes personagens deram adeus a série, Smash e Jason Street. O primeiro conseguiu bolsa em uma universidade e Street conseguiu um emprego em NY para ficar ao lado da mulher e de seu filho. Foi também último ano de escola para Tim, Matt, Tyra e Lyla. Vimos estes em seus caminhos para chegar à faculdade. Claro que alguns com mais vontade que outros. Tyra se dedicou até o último episódio para conseguir sua bolsa, Lyla quando achava que tudo já era certo ficou sabendo que seu pai tinha gastado todo seu fundo da faculdade. Matt ficou entre a universidade e sua avó e Tim Riggs preferiria qualquer coisa antes de ter de ir para a faculdade.

Também tivemos novos personagens na série, a família McCoy, estes apareceram muito bem, conseguiram espaço na história sem tirar o brilho dos outros personagens, e foram causadores de conflitos também, e o principal deles acabou tirando o emprego de técnico dos Phanters de Eric Taylor.

A série permaneceu na corda bamba por muito tempo, no renova ou não foram meses de angustia acompanhando a audiência da série para ver se esta se salvava. E então para surpresa geral apareceu à renovação para mais duas temporadas. É bom demais…


Chuck – Segunda Temporada (2008)

Julho 2, 2009

ChuckPrimeiro, e antes de começar a escrever sobre a temporada, tenho de dizer o porque do atraso do review. Começou a dever-se pela falta de confirmação da renovação da série, pois se ela fosse cancelada queria dar uma última homenagem a série. Após a renovação confirmada, os reviews foram deixados de lado, devido ao exame. E, quando o exame passou, quando já ia escrever, lembrei-me “E que melhor homenagem a esta temporada do que o review dela ser o meu 100 post” (viram como consegui colocar aqui esta informação? Se calhar devia ser mais subtil, mas prontos…eu da próxima tento). E assim ficou. Mas vamos ao que interessa.

Após uma primeira temporada que sofreu, e muito, com a greve dos argumentistas, a segunda temporada que retrata a vida de Chuck vem demonstrar a verdadeira qualidade da série, já vista na primeira. Foram 22 episódios excelentes, com um trama muito bem construído, com uma narrativa compacta, com momentos de humor muito bons. Foi uma temporada Chuckesiana, uma temporada que representa bem a personagem principal da série. O começo foi o adiamento do maior problema para os espectadores, mas o sonho mais desejado por Chuck: a construção de um novo Intersect. Não se concretiza, mas este episódio serviu como o princípio para a temporada, com a apresentação da base da temporada, Fulcrum.

A partir daí a temporada foi-se construído harmoniosamente. Cada episódio avança a acção principal, mais uns que outros. Mas o que foi conquistando os espectadores foi a constância de qualidade da série. Apesar de ter episódios melhores que outros, a temporada nunca desceu do bom, sendo este bom constituído por um/dois episódios. De resto, todos os episódios foram muito bons, outros excelentes e outros a roçar a perfeição. Nada foi descurado na série, todas as expectativas não foram, no mínimo, rogadas e, para aqueles que não esperavam algo de extraordinário, foram superadas.

Quanto as características que Chuck têm, não podiam ser melhor misturadas. A série prometia acção, teve acção que sobra. A série prometia drama, não se pode queixar de falta dele. A série promete humor, a série dá humor. Cada característica é misturada com mestria, como uma receita que se vai adaptando a cada episódio. Cada episódio se foca numa delas, mas nenhum descurou nenhuma delas. O humor, se não estava presente nas missões de Chuck, arranjava sempre espaço com a gente de Buy More. Foram eles, que em alguns episódios, conseguiram tornar o episódio maisalg_chuck leve. Lester e Jeff, principalmente estes dois, mas também Morgan, conseguiram mostrar que numa loja de electrodomésticos é possível fazer o impossível, é possível fazer o ridículo. Sem Buy More, sem Jeffster a série não seria a mesma, nem teria a mesma qualidade. Sem quebrar o ritmo, são eles que trouxeram, durante esta temporada, as pausas necessárias. O resto foi aparecendo subtilmente. A série respira estas três características, e foi aqui que ela descobriu a chave para o cofre do sucesso.

Outro aspecto que tornou a segunda temporada de Chuck uma temporada quase perfeita foi a utilização das personagens fora do elenco principal. As várias participações que a série teve foram sempre bem utilizadas, foram utilizadas para dar um avanço na acção, e não só para fazer um episódio centrado nos convidados. Os convidados não se tornaram o tema principal do episódio, mas sim a acção. Exemplos são vários, mas os mais notórios foram o pai de Chuck, primeiramente conhecido por Orion e depois por Steve. O segundo exemplo foi de Jill. Este exemplo é o melhor que a série tem. A entrada de Jill foi preparada desde o primeiro episódio da série, a sua personagem foi sempre referida, e ficou na mente. Não foi uma entrada à força. Foi uma entrada ponderada, preparada durante muito tempo. A entrada de Orion também foi muito bem programada. Nada foi deitado cá para fora sem a preparação mínima.

Quanto a personagens fixas, todas tiveram alguns avanços. Começando por Ellie e Awesome, o casamento lá aconteceu, após vários imprevistos. Tudo o que foi sonhado pela irmã de Chuck concretizou-se. O seu pai levou-a ao altar. Depois temos Sarah e Chuck. O casal lá vai tendo os seus avanços e recuos, mas a temporada foi mais propícia para avanços. A relação avança devagar, mas avança.Chuck - 1

E agora vi-me obrigado a abrir um novo parágrafo para dedicá-lo a Casey. O actor Adam Baldwin continua a transformar Casey numa das melhores personagens da série. Cada expressão facial dá azo a gargalhadas, cada frase é uma fonte de riso. O actor entrou na pele da personagem, e a série não seria a mesma sem Casey, sem as suas interjeições, sem as suas expressões.

Desta temporada só falta falar de duas coisas, que já vinham da primeira, e que foram ainda mais notórias. Primeiro a banda sonora da série, que se tornou um ícone da série. Com uma banda sonora muito bem escolhida, Chuck tem mais um ponto em que se valorizou. Todos os temas foram escolhidos a dedo, todos entraram quando deviam. A roçar a perfeição. O segundo aspecto foram as referências a séries e filmes transactos dos anos 80. Estes tributo a cultura americana demonstram que todos os episódios foram ponderados, que tudo foi pensado ao ínfimo pormenor. A mistura das referências e a banda sonora transformaram esta segunda temporada numa homenagem a cultura televisiva e musical americana, de uma forma simples, mas que consegui atingir o propósito que tinha.

E, como isto já vai muito longo, e após a confirmação da nova temporada, o que podemos esperar dela? Sem fazer futurologia, as expectativas sobre esta terceira temporada estão mais elevadas do que as que caíram sobre a segunda. Com a introdução de poderes em Chuck, a série poderá cair num erro. Não me parece que aconteça, pois, pelo que os argumentistas demonstraram nesta temporada, tudo está pensado. A nova temporada de Chuck promete ter tudo o que esta teve, e mais um bocadinho. A espera é longa para percebermos se foi um erro terem dado poderes ao Nerd mais acarinhado da América. Mas uma coisa é certa: Chuck e Sarah continuaram juntos, o que já é uma motivação grande para a terceira temporada. Que venha ela.

45e

A opinião da Filipa:

O que dizer de Chuck e da sua segunda temporada? Comecei a ver Chuck por simples acaso, gostei do que vi e resolvi seguir. E se na sua temporada de estreia já é demonstrada toda a qualidade de Chuck, a sua segunda temporada consegue ser ainda melhor. Chuck é das poucas séries em que acabo de ver um episódio e a desilusão não faz parte dos sentimentos, pois os episódios variam entre o muito bom e o excelente. Nesta temporada tivemos um pouco de tudo, reviravoltas, reaparecimentos e claro os momentos humorísticos que fazem de Chuck aquilo que a série é. Com uns últimos cinco episódios como sendo os melhores da temporada para mim, Chuck termina em alta, com uma excelente Season Final e um To Be Continued que acabou por se confirmar. Adorei a história do Orion ser o pai do Chuck e de finalmente o casal Chuck e Sarah avançar no seu relacionamento. Embora tenha algum receio pelos novos poderes de Chuck, pois o verdadeiro Chuck é trapalhão e necessita sempre de salvamento é essa a essência de Chuck juntamente com o seu coração de ouro. Uma nova etapa espera Chuck e esperemos que seja tão vistosa como as duas que passaram.


Heroes – Quarto Volume (2009)

Junho 25, 2009

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Após Genesis, Generations, Villains, Heroes teve o seu quarto volume, intitulado Fugitives. Um volume que, como todos os outros, prometeu muito. A máquina de Markting da NBC consegue transformar um sapo num príncipe quanto é para promover a série, mas a série continua um sapo, pois ninguém faz magia.

E, vendo a metamorfose de Heroes desde o inicio, ele começou a ser um príncipe. Mas algo afectou a série, e ela decresceu de qualidade, chegando a parecer-se um sapo nesta temporada. Mas, pensando bem, Heroes não é um sapo, mas os erros que foram cometidos nesta temporada fizeram que essa ideia viesse a minha cabeça e fica-se retida nela. A premissa podia ser excelentemente explorada, mas os erros lembram-me um daqueles jogos de peças. Ao empurrar-se a primeira, tudo as outras começam a cair, uma a outra, e o estrago fica cada vez maior. Como recuperá-lo? Começando o jogo de novo, a partir do zero. Só assim é possível corrigir os erros.

E Tim Kring teve essa afirmação, que a série iria partir do zero. Não partiu, não. Continuou a cair nos mesmos erros, já aqui enunciados. Vendo bem, o que o criador de Heroes queria dizer era que falta uma base nova. A primeira temporada teve uma base, e o resto das temporadas foram construídas a partir daí. O pior é que a base que sustentava a primeira temporada era pequena, e a segunda já andou na corda bamba. A partir daí foi o descalabro. O que resta aos argumentistas é dedicarem alguns episódios desta próxima temporada a fecharem histórias, e passarem só parte da narrativa para uma nova base, construindo a partir aí.

Depois de dar a minha opinião do que se deve seguir no futuro, vamos lá dissecar este quarto volume. Fugitives teve uma entrada fantástica, a de colocar todos os heróis a serem perseguidos. A série trazia de novo um tema interessante, que foi de novo muito mal explorado. O tema foi mudado drasticamente, e a meio do volume o tema principal passou a ser encontrar formas de reunir, de novo, Sylar para o grupo, para atormentar estes, de que a sua fuga. Perdeu-se o rumo, o seu tema foi esquecido, e para isso muito contribuíram a saída de Elle Bishop, que era das personagens mais consistentes da série, a sobrevivência de Hiro, que continua a procura do herói dentro de si que lhe permita salvar de novo o mundo, a introdução de novas personagens, que conseguem ocupar um episódio sem nexo para a narrativa, como é o caso de 1961, a procura de Sylar pelo seu pai, que não deu em nada. Para além disso, a figura de Danko teve uma mudança extrema de personalidade. O actor é excelente, mas a personagem não consegui encontrar um rumo fixo.

Assim, a fuga do tema principal deixou a equipa a nora, culminando num final muito controverso. A fuga deu lugar ao encontro de novo de Sylar e companhia, e a série parece cair de novo no erro. Tem de novo a temporada condicionada, e ainda por cima o mais carismático personagem está preso. A vida parece negra, mas também poderá sair daqui uma solução. Heroes, com Sylar desaparecido, poderá fechar as várias histórias que acompanham a série, reduzir o número de pontas soltas, e depois libertar a fera, para, de novo, atormentar o mundo. Assim, e uma história que está automaticamente fechada é de Nathan. Quando Sylar regressar, é hora de Nathan ir embora. Outra que se pode fechar é a de Suresh. O doutor já pouca falta faz a série. De modo científico isto já não vai lá, por isso não se perde nada com a saída do doutor. Claro que outra era da de Hiro e Ando, mas é esquecer. Heroes terá ainda o asiático, pois assim ganha bastante gente nos países asiáticos, e a NBC não dispensa isso. Angela Petrelli é outra personagem que só está a dar perdas a NBC. A mãe de Peter já deu tudo o que tinha a dar, e, como ela não tem o poder de Claire, podia morrer de velhice. O resto era dar umas pinceladas rápidas. Por a irmã de Angela a morrer num tornado por si criado, e o resto das personagens ainda não fechadas também irem por aí. Depois tínhamos o retorno de Sylar, numa nova perspectiva, e poderíamos aproveitar de novo Heroes.

É esperar que as promessas de Tim Kring sejam concretizadas. Do que dá para perceber, já temos algo que poderá ser uma premonição, a saída de Bryan Fuller da série não advêm nada de bom. Esperemos que me engane, e que a série revitalize.

2e


The Office – Quinta Temporada (2008)

Junho 22, 2009

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Essa temporada de The Office surpreendeu. Após cinco anos no ar, essa história sobre funcionários de uma empresa de papel não parecia mais ter muitas coisas novas a serem exploradas. Tanto era verdade, que logo no início da temporada os episódios duplos – com uma hora de duração – logo foram abandonados por não conseguirem manter os episódios da série no mesmo nível de roteiro que os de suas temporadas anteriores. Outro indício de que a série estava começando a se repetir era a volta constante de personagens que há muito tempo não nos faziam rir como deveriam: Ryan e Jan. Ryan, por um lado, voltou para servir de piada durante um episódio, porém nos seguintes ficou mais que claro que sua presença era irrelevante e ele acabou deixando a Dunder Mifflin tão discretamente, que se quer sentimos falta – voltando apenas no auge da temporada, fazendo sua presença ser realmente útil à história naquele novo contexto. O caso de Jan também não foi muito diferente, a personagem que nunca conquistou a simpatia do público estava mais distante ainda de nos causar risos, já que não havia mais laço algum que a ligava a Michael – nem mesmo seu bebê, que não era, no fim, filho de Michael -, e felizmente os roteiristas tiveram o bom-senso de tirá-la de cena para que pudéssemos curtir a grande novidade da temporada: Holly Flax.

A personagem interpretada por Amy Ryan – ganhadora do oscar de atriz coadjuvante por Gone Baby Gone (2008) – chegou em The Office para marcar uma temporada, e para provar que ainda havia muita história inteligente para sair da cabeça dos roteiristas. Holly era tudo aquilo que Michael sempre procurou em uma mulher, justamente por ter um senso de humor e a maneira de pensar muito parecida com a dele, o que tornou esse casal o mais inusitado e divertido da temporada, aprontando novas cenas a cada episódio e realmente deixando saudades quando a separação surgiu para acabar com a relação dos dois. No episódio finale dessa temporada pudemos ver a dinâmica da dupla novamente, só que mais para nos mostrar que a participação da personagem na série está mais que terminada que para nos deixar algum gancho sobre a possível volta dos dois.

Ainda com relação às novidades inovadoras da temporada tivemos a péssima tentativa de dividir o show em dois núcleos, o de Scranton e o de Nova York – onde Pam estava fazendo um curso de Design. Infelizmente foi nesse ponto que a temporada mais deixou a desejar, e por ter sido logo no início colocou a espectativa de que a temporada pudesse ser boa lá embaixo, porém felizmente o curso em breve terminou e novamente com a turma reunida a série encontrou seu rumo nos levando ao seu ápice: a Michael Scott Paper Company.

No início todos imaginavam que a demissão de Michael não iria durar mais que dois episódios, por isso a surpresa foi ainda maior quando nos deparamos com o que estava planejado para a série: uma sequência de quatro episódios retratando o início de uma outra companhia, fundada por Michael e contando com o apoio de Ryan e Pam (agora vendedora ao invés de recepcionista). Ao contrário do que poderia parecer, Dunder Mifflin não foi abandonada em prol da Michael Scott Paper Company, ambas as empresas conseguiam a cada episódio manter um nível de comicidade incrível, lideradas sobretudo por Steve Carrell, no papel de Michael, e Rainn Wilson e Ed Helms, nos papéis de Dwight e Andy Bernard – aliás, este é um personagem que cresceu muito nessa temporada, mostrando todo um potencial cômico quando em cena com Dwight, principalmente se o motivo da encrenca tinha um nome: Angela.

É claro, contudo, que “tudo o que é bom dura pouco” e assim chegamos aos três episódios finais da temporada voltando a rever Michael na gerência da Dunder Mifflin, porém com ligerias diferenças: o retorno de Ryan – já desisti de tentar contar quantas vezes esse personagem sai e volta em cena – e, principalmente, Pam em um novo cargo na empresa: a de vendedora, o que abriu espaço para que outra personagem entrasse na série: Kelly, a recepcionista. Ficou claro que a série não terminou sua temporada com episódios muitos inspirados, porém também não se pode esperar que o roteiro da série seja o tempo todo genial. Com isso, chegamos ao fim do episódio 26 com a sensação de que tivemos o suficiente de risadas e emoções para uma belíssima temporada, que não deve ser ignorada nas premiações voltadas para a televisão neste ano. Agora já fico na curiosidade de saber o que os roteiristas vão tirar da cartola quando a série voltar em setembro, e a série só não leva cinco estrelas pelos pequenos deslizes que cometeu no início de sua temporada.


ER – Décima Quinta Temporada (2008)

Junho 8, 2009

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Todas as séries médicas da actualidade têm um ancestral comum: ER, conhecida em Portugal como ‘Serviço de Urgências’ e no Brasil como ‘Plantão Médico’. Foram quinze longos anos de episódios, mais de trezentos pacientes e dezenas de médicos que fizeram de ER uma das séries mais respeitadas nas últimas duas décadas. Eu lembro-me, ainda criança, de ver a minha irmã (agora com vinte e quatro anos) a sentar-se à frente do sofá quando começava o genérico. Lembro-me dos meus pais dizerem o quão boa e inovadora era o ‘Serviço de Urgência’. Lembro-me ainda vagamente do sangue dos pacientes a derramar no chão!

E foi por isso e, principalmente, por ser o último ano, o da despedida, que decidi ver a décima quinta temporada. Via alguns episódios de vez em quando no AXN, mas não era uma série que seguia de forma certinha, mas isso não prejudicou muito a compreensão da história, até porque como série médica que é, bastava conhecer minimamente os trabalhadores daquele hospital de Chicago. Já conhecia personagens como o Dr. Carter e a Abby, e mesmo não tendo acompanhado toda a evolução dos mesmos, a impressão que ficava é que eles, em termos de personalidade, não tinham mudado muito.

Mas esta foi, sobretudo, a temporada das participações especiais. A decisão da NBC em ter renovado a série para a última temporada de episódios e não ter terminado após a décima quarta, foi a mais acertada. Essa escolha permitiu que actores como o Noah Wyle, George Clooney, Anthony Edwards, Julianna Margulies e Eriq La Salle fossem contactados para fazerem as últimas aparições dos personagens que os tornaram famosos. ‘Old Times’ foi o episódio escolhido para a maioria deles, e apesar de ter gostado, preferi aquele em que o Dr. Greene regressou em flashback, Heal Thyself.

O episódio final marcou o fim de uma era, mas o início de outra. O County não fechou, como alguns suspeitavam, mas sim abriu as portas à filha do Dr. Greene, dando a entender que uma nova geração de médicos estava a chegar. Foi com o genérico original que mais pessoas chegaram para os médicos salvarem. Ao contrário da maioria dos fãs da série, eu gostei mais da primeira parte da temporada, devido aos casos médicos que eram mais comoventes, mas a segunda metade também agradou-me bastante. Foi uma honra ter acompanhado os últimos dias de atendimento do hospital de Chicago, mas algum dia esse momento tinha que chegar. Tarde ou não, a verdade é que foi uma despedida boa!


O Portal Comenta… 1 de Junho

Junho 1, 2009

Finalmente saíram os últimos comentários sobre os episódios finais de Private Practice e The Office. Belos season finales: um por nos deixar literamente com o coração na mão, e o outro por nos deixar extremamente felizes. Confiram os comentários logo abaixo:

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Este foi o último Portal Comenta da Temporada e com isso gostaria de agradecer ao apoio de todos que acompanharam meus comentários, sempre atrasados, confesso, mas feitos de coração para vocês. Muito obrigada e voltamos a falar dessas séries de volta em Setembro.


Lista: Personagens que cresceram a olhos vistos

Maio 24, 2009

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As séries são recheadas de personagens que nos fazem rir, chorar, irritar e aprender. São centenas e centenas de actores que dão vida às mais diferentes pessoas, mas nem todas as personagens têm a proeza de crescer ao longo do tempo. Esta lista explora mesmo isso: estão representados, de seguida, as dez personagens que cresceram a olhos vistos. Como podem observar, a quinta temporada de Grey’s Anatomy contribuiu muito para isso, assim como a terceira de Friday Night Lights. E a principal conclusão que podemos tirar deste top 10 é que os personagens crescem em todo o género de séries, desde dramas, comédias ou séries teen.

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1 – Sawyer (Lost) – de refilão passa para um homem responsável, capaz de gerir o futuro dos Oceanic 6 e dos que ficaram na ilha. Assumiu o papel de líder nesta quinta temporada, mas também o papel de “marido” dedicado. Um Sawyer que depois de ter a atitude altruísta de se jogar ao mar, cresce muito como pessoa e passa a demonstrar um Sawyer mais humano, a armadura de homem forte e despreocupado com os demais finalmente cai e revele uma pessoa melhor. É por isso mesmo que ele fica no primeiro lugar desta lista!

2 – Meredith (Grey’s Anatomy) – uma personagem muito conturbada, muito por culpa dos constantes altos e baixos que sofreu ao longo das diferentes temporadas. Das indecisões e constantes dúvidas por que passava, parece finalmente firme nas suas decisões e opções e deixou as reservas de lado em relação ao comprometimento, aceitando finalmente uma vida a dois à muito pretendida por Derek. Resolve lutar também por aquilo que acredita mesmo indo contra a opinião de terceiros, apreendeu a defender os seus valores e a deixar os receios para trás.

3 – Karev (Grey’s Anatomy) – quem diria que algum dia o Karev da primeira temporada iria virar um dia um marido capaz de um discurso de emocionar até os corações mais duros, um marido que está lá nas piores fases e embora por vezes se encontre perdido, rapidamente acha o caminho. Conseguindo dar um apoio necessário a quem precisa, a quinta temporada de Grey’s Anatomy fortaleceu a personagem. Karev surpreendeu tudo e todos este ano, passando de playboy convencido a marido dedicado.

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4 – Brooke (One Tree Hill) – a menina da primeira temporada não tem nada a ver com a Brooke das duas últimas temporadas. Brooke cresceu, de menina irresponsável, inconsequente embora com um coração de manteiga, tornou-se uma mulher de negócios, uma mãe responsável, uma amiga pronta para o que der e vier. A sua relação com a Sam só veio fortalecer ainda mais esta personagem.

5 – Tim Riggins (Friday Night Lights) – um personagem que sempre demonstrou ter um bom coração embora muito trapalhão pelo caminho. Consegue na terceira temporada de Friday Night Lights finalmente entrar nos eixos e decidir lutar pelo seu futuro ao lado de Lyla e consegue inclusive a entrada na faculdade. Ninguém diria que o apaixonado por cerveja e futebol americano algum dia conseguiria realmente empenhar-se por uma entrada no ensino superior.

6 – Sara Tancredi (Prison Break) – de médica inocente que acaba por se apaixonar por um prisioneiro, Sara vê a sua vida complicada por esse romance. Passa de menina tímida disposta a ver sempre o lado bom das pessoas e a não haver maldade em ninguém, incapaz de ferir uma mosca a uma mulher destemida, mais perspicaz e capaz de matar para salvar as pessoas amadas.

7- Izzie (Grey’s Anatomy) – surpreendeu na maneira como reagiu à doença de que padece. Com coragem de leoa, Izzie deu uma lição a todos no início da sua doença em que ninguém sabia como reagir. Nunca se deixou abater, a partir do momento que decidiu lutar pela vida contra todos os prognósticos menos positivos. Uma história que permitiu desenvolver muito a força da personagem que sempre pareceu frágil e fácil de quebrar, neste fim de temporada conhece-se uma Izzie forte com capacidades de luta.

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8 – Justin (Brothers and Sisters) – com um passado conturbado, manchado pelas drogas e a guerra no Iraque, Justin parece ter encontrado o seu porto seguro ao lado de Rebeca. Depois de vaguear por um caminho sem destino. Justin cresceu e achou a sua direcção, tornando-se mais responsável, e consciente dos seus actos. A guerra traz traumas mas com esforço conseguiu erguer-se.

9 – Jason Street (Friday Night Lights) – de estrela de futebol americano, torna-se um pai extremo disposto a enfrentar as dificuldades que a vida lhe colocou pela frente. Acaba numa cadeira de rodas mas nunca desiste embora sofra vários percalços no caminho. No final está com a mulher e o filho, e tem um bom emprego. Um adeus à série em grande de uma personagem que deu muito a Friday Night Lights.

10 – Morgan (Chuck) – trapalhão como ele não há outro, fugindo das responsabilidade, mas neste final de temporada resolve assumir as consequências dos seus actos, assumir o seu amor por Anna e partir rumo à realização do sonho que tem mas que nunca teve coragem de lutar por ele. Chegou a altura de Morgan brilhar, nem que seja por breves momentos, como a saída em glória que fez da Buy More.

E PARA SI, QUAIS AS PERSONAGENS QUE CRESCERAM AO LONGO DOS TEMPOS?

Lista elaborada pela Filipa Silva e formatação por Marco Braga.

Upfronts 2009: NBC anuncia grelha; Earl e Medium canceladas!

Maio 19, 2009

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Apesar de algum tempo atrás já terem sido divulgadas muitas informações sobre os destinos das séries da NBC, assim como os novos dramas e comédias do canal, foi só hoje que ficou tudo em pratos limpos. Antes de mais, tenho de falar na renovação de Chuck, que vai voltar para uma terceira temporada de 13 episódios em Março de 2009, assim que a temporada de Heroes, sem pausas e com 19 episódios, terminar. My Name Is Earl e Medium foram canceladas, mas ambas têm possibilidades de serem compradas pela FOX e CBS, respectivamente.

Entretanto, Southland foi movida das quintas para as sextas-feiras, assinalando, assim, a morte da série. Contudo, 13 episódios estão garantidos e quanto a isso os fãs não precisam se preocupar… por enquanto. A emissora continua a não apostar em séries na noite de domingo, mas sim em desporto. Em 2010, na mid season, Day One é a nova série que vai fazer companhia a Chuck nas segundas, enquanto que Mercy aproveita as quartas, antes de Law and Order: SVU. Conseguirá a NBC recuperar os milhões de telespectadores que perdeu nas últimas épocas televisivas?

FALL SEASON

SEGUNDA-FEIRA
8:00 PM: HEROES
9:00 PM: TRAUMA
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

TERÇA-FEIRA
8:00 PM: THE BIGGEST LOSER
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

QUARTA-FEIRA
8:00 PM: PARENTHOOD
9:00 PM: LAW & ORDER: SVU
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

THURSDAY
8:00 PM: SNL WEEKEND UPDATE THURSDAY
8:30 PM: PARKS AND RECREATION
9:00 PM: THE OFFICE
9:30 PM: COMMUNITY (movido para o horário das 8:00 PM quando 30 Rock regressar)
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

SEXTA-FEIRA
8:00 PM: LAW & ORDER
9:00 PM: SOUTHLAND
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

SÁBADO
8:00 PM: DATELINE NBC
9:00 PM: TRAUMA (repetições)
10:00 PM: LAW & ORDER: SVU (repetições)

DOMINGO
7:00 PM: FOOTBALL NIGHT IN AMERICA
8:20 PM: NBC SUNDAY NIGHT FOOTBALL

MID SEASON

Nota: Os jogos olímpicos de Inverno de 2010 afectarão a programação de 12 a 28 de Fevereiro.

SEGUNDA-FEIRA
8:00 PM: CHUCK
9:00 PM: DAY ONE
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

TERÇA-FEIRA
8:00 PM: THE BIGGEST LOSER
9:30 PM: 100 QUESTIONS
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

QUARTA-FEIRA
8:00 PM: MERCY
9:00 PM: LAW & ORDER: SVU
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

THURSDAY
8:00 PM: COMMUNITY
8:30 PM: PARKS AND RECREATION
9:00 PM: THE OFFICE
9:30 PM: 30 ROCK
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

SEXTA-FEIRA
8:00 PM: LAW & ORDER
9:00 PM: SOUTHLAND
10:00 PM: THE JAY LENO SHOW

SÁBADO
8:00 PM: DATELINE NBC
9:00 PM: SOUTHLAND (repetição)
10:00 PM: LAW & ORDER: SVU (repetição)

DOMINGO

7:00 PM: DATELINE NBC
8:00 PM: THE MARRIAGE REF
9:00 PM: THE CELEBRITY APPRENTICE